Estrada de Damasco

O percurso e o destino

July 11, 2007

Benedictus


A Igreja celebra hoje São Bento, patrono da Europa (+547).

Mateus 10,1-7
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"Jesus chamou doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos malignos e de curar todas as enfermidades e doenças. São estes os nomes dos doze Apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que o traiu. Jesus enviou estes doze, depois de lhes ter dado as seguintes instruções: «Não sigais pelo caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide, primeiramente, às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, proclamai que o Reino do Céu está perto»".

July 09, 2007

Digestões

Pede-me o Jansenista que revele os meus hábitos alimentares. Deixe-me moderar-lhe a curiosidade. São um pouco mais que hábitos; são rotinas maquinais.
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Para começar, faço impreterivelmente quatro refeições por dia e à hora certa.
O pequeno-almoço é bem matinal. À mesa, com a família. Abre sempre com uma peça de fruta e segue com uma sandes, uma torrada ou uma tosta mista, acompanhada de um quarto de litro de sumo natural - cenoura, maçã ou outra loucura do género.
O almoço nunca passa das duas da tarde. Sempre que possível, simples, como um sumo natural e um prego, sem sair do gabinete. Quando tem mesmo de ser (compromissos sociais), pasto numa dessas manjedouras que infestam Lisboa. Quando ando por fora do poiso, vou a casa. À mesa, com a família.
Lanche composto por umas bolachas (Maria).
Jantar, à mesa com a família, geralmente mais pesado do que gostaria -- lamento-o sempre depois. É no que dá carburar em alta rotação durante todo o dia com pouco combustível no depósito. Arranca com sopa. Fritos, nunca; usualmente assados ou cozidos, temas à volta do peixe. Acompanha um daqueles compostos sintéticos líquidos que dizem não ter açúcar (não quero imaginar o que seja o sucedâneo). Sobremesa de fruta.
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Não estavam seguramente à espera de banquetes florentinos ou que fosse eu a caçar o próprio almoço?
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No mais, acompanho-o nessa incapacidade de reconstruir as últimas refeições. Acabam todas numa inglória difusão da memória. Recordo vagamente, na semana passada, um peito de perú assado, um rolo de carne e um bacalhau à brás. Não me pergunte em que dias.
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É uma rotina que me agrada. Em primeiro lugar, porque faço quase todas as refeições em família, o que é para mim a própria razão de ser do conceito «refeição». Em segundo lugar, e num plano inferior, porque como amiúde aquilo que gosto: fruta fresca e variada (de preferência pêssegos, melão, cerejas, maçã, etc), uma generosa salada caprese (de leite de búfala, cuidado com as imitações), um peixe fresco, uma carnezita honesta, pasta em abundância. Quando como fora, tento reproduzir o hábito.
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Nunca disse a ninguém que sou uma pessoa sofisticada.

Maravilhas


Como é que a Comissão das Maravilhas deixou passar o pontão do porto da Ericeira? É uma ruína; e é uma maravilha!